Segundo especialistas, há uma nova bolha tecnológica surgindo no mundo e ela tem foco na "socialização" da web
Foto: AFP
A famosa bolha da internet durou pouco mais de 6 anos, desde de 1995. Ao mesmo tempo que muita empresas quebraram por não se encaixarem corretamente neste novo mercado, o período foi essencial para a explosão do uso da web em termos mundiais. De uma dezena de milhões de usuários online, no final da década de 90, hoje o número ultrapassa facilmente a casa de um bilhão. Para os especialistas do evento Web 2.0 Summit, Fred Wilson e John Doerr, há uma nova bolha tecnológica surgindo no mundo e ela tem foco na "socialização" da web.
Segundo Doerr, empresário da Kleiner Perkins Caufield & Byers, o mundo vive uma combinação interessante de smartphones, redes sociais, convergência e "há uma bolha aparecendo neste contexto". É quase como se, de acordo com ele, todos quisessem um pedaço deste bolo. Para Wilson, é visível este novo movimento do mundo online, o que, de acordo com ele, é bastante parecido com o fenômeno da bolha da internet. Um exemplo usado na comparação é o caso do Facebook, que Wilson acredita ser hoje a melhor companhia de tecnologia do mundo e que melhor executa suas propostas. Para ele, são Mark Zuckerberg e sua criação social que encabeçam essa corrida.
Eles acreditam que o mundo vive uma tendência à "socialização" da experiência online do usuário. Jogos, comunicação, e-mails, discussões, educação e outras relações que sempre existiram na sociedade "física", por assim dizer, estão sendo transferidas para o universo virtual sob a patente de "social". É possível citar uma dezena de novas redes sociais que nasceram nos último anos, por exemplo, que vão de redes de profissionais de emprego, como o LinkedIn, a outras brincadeiras como o JustMadeLove.com, em que os membros compartilham com amigos suas experiências sexuais.
No entanto, é necessário fazer ressalvas. Como lembra o colunista do site de tecnologia Fórum PCs Luís Sucupira, tudo pode não passar de mais um "modismo" virtual e o assunto pode trazer mais polêmicas especulativas do que efetivamente hipóteses que podem se concretizar. "Esse assunto é muito semelhante ao 'boom' dos blogs anos atrás. Todo mundo criou um e a maioria abandonou", comentou. Para ele, o maior problema foi que as empresas, por exemplo, enxergavam neste meio um modo de comunicação mais efetivo com o cliente, mas não sabiam colocar em prática esta ideia. A maior parte delas somente divulgava conteúdo. Já os "usuários comuns" usavam este suporte para expor suas ideias, mas se tratava de uma plataforma estática. Da exposição das ideias, não se partia para lugar algum. A falta de espaço para a evolução da interação ganhou mais força com o surgimento das redes sociais e da "socialização" da web.
Sucupira ainda ressalta que, se há realmente uma nova bolha, isso é excelente. O número de ganhos trazidos por este fenômeno é sempre benéfico tanto para o sujeito ativo neste processo, quanto para o consumidor, no caso de empresas, assim como para as relações de amigos em redes sociais. Mas, antes, é necessário ter o foco na necessidade de que é preciso que haja de fato o relacionamento, a interação. O mundo precisa de um espaço para que as pessoas sejam ouvidas e possam interferir e interagir com o ambiente que a contorna, segundo ele. Mas, para isso, é preciso que haja o uso correto das ferramentas e que a comunicação aconteça em mão-dupla.
Segundo Doerr, empresário da Kleiner Perkins Caufield & Byers, o mundo vive uma combinação interessante de smartphones, redes sociais, convergência e "há uma bolha aparecendo neste contexto". É quase como se, de acordo com ele, todos quisessem um pedaço deste bolo. Para Wilson, é visível este novo movimento do mundo online, o que, de acordo com ele, é bastante parecido com o fenômeno da bolha da internet. Um exemplo usado na comparação é o caso do Facebook, que Wilson acredita ser hoje a melhor companhia de tecnologia do mundo e que melhor executa suas propostas. Para ele, são Mark Zuckerberg e sua criação social que encabeçam essa corrida.
Eles acreditam que o mundo vive uma tendência à "socialização" da experiência online do usuário. Jogos, comunicação, e-mails, discussões, educação e outras relações que sempre existiram na sociedade "física", por assim dizer, estão sendo transferidas para o universo virtual sob a patente de "social". É possível citar uma dezena de novas redes sociais que nasceram nos último anos, por exemplo, que vão de redes de profissionais de emprego, como o LinkedIn, a outras brincadeiras como o JustMadeLove.com, em que os membros compartilham com amigos suas experiências sexuais.
No entanto, é necessário fazer ressalvas. Como lembra o colunista do site de tecnologia Fórum PCs Luís Sucupira, tudo pode não passar de mais um "modismo" virtual e o assunto pode trazer mais polêmicas especulativas do que efetivamente hipóteses que podem se concretizar. "Esse assunto é muito semelhante ao 'boom' dos blogs anos atrás. Todo mundo criou um e a maioria abandonou", comentou. Para ele, o maior problema foi que as empresas, por exemplo, enxergavam neste meio um modo de comunicação mais efetivo com o cliente, mas não sabiam colocar em prática esta ideia. A maior parte delas somente divulgava conteúdo. Já os "usuários comuns" usavam este suporte para expor suas ideias, mas se tratava de uma plataforma estática. Da exposição das ideias, não se partia para lugar algum. A falta de espaço para a evolução da interação ganhou mais força com o surgimento das redes sociais e da "socialização" da web.
Sucupira ainda ressalta que, se há realmente uma nova bolha, isso é excelente. O número de ganhos trazidos por este fenômeno é sempre benéfico tanto para o sujeito ativo neste processo, quanto para o consumidor, no caso de empresas, assim como para as relações de amigos em redes sociais. Mas, antes, é necessário ter o foco na necessidade de que é preciso que haja de fato o relacionamento, a interação. O mundo precisa de um espaço para que as pessoas sejam ouvidas e possam interferir e interagir com o ambiente que a contorna, segundo ele. Mas, para isso, é preciso que haja o uso correto das ferramentas e que a comunicação aconteça em mão-dupla.
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