Centenas de búlgaros protestaram nesta quinta-feira contra um projeto de lei que permite o monitoramento em massa de e-mails, mensagens eletrônicas e chamadas telefônicas para combater o crime e a corrupção. Sob as mudanças da lei de mensagens eletrônicas, aprovada pelo Parlamento em primeira leitura, os provedores de internet e operadoras de telefonia móvel serão obrigados a fornecer à polícia acesso ininterrupto às comunicações eletrônicas de toda a população.
A polícia quer rápido acesso ao tráfego de dados de suspeitos de crimes ao mesmo tempo em que o novo governo de centro-direita do país balcânico, eleito em julho, sofre para controlar o poderoso crime organizado e forte corrupção. O fracasso nos resultados pode gerar mais sanções sobre programas de ajuda da União Europeia. Bruxelas reduziu o acesso da Bulgária a milhões de euros em ajuda em 2008 devido ao fracasso do país em punir representantes corruptos e chefões do crime. Cerca de 300 manifestantes se aglomeraram na frente do parlamento em Sofia gritando "a Bulgária não é Big Brother" e afirmando que as mudanças na legislação propostas violam os direitos humanos. "Sete milhões de pessoas não merecem temer serem seguidas por causa de um traficante, um assassino ou o que quer que seja", disse o estudante Simeon Simeonov, 22. O ministro do Interior Tsvetan Tsvetanov disse na semana passada que o governo provavelmente fará mudanças na legislação proposta para responder aos críticos antes do parlamento discutir as novas regras na leitura final do texto no fim do mês.
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