A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou hoje a Apple por censurar conteúdos relacionados ao Dalai Lama, o líder espiritual tibetano, e Rebilya Kadeer, o líder uigur, em seu iPhone na China.
O governo chinês considera os dois exilados como separatistas e inimigos da China, por isso que os conteúdos na imprensa ou na internet relacionados com eles estão censurados no país asiático. O iPhone da Apple é comercializado na República Popular por meio da China Unicom, a sócia local da espanhola Telefónica. Segundo o IDG News Service, que pelo menos cinco programas de software para o iPhone relacionados com o lama não estão disponíveis nas lojas da Apple na China, assim como os que têm a ver com Kadeer. "Os usuários do iPhone na China têm direito de saber a que não têm acesso exatamente. Em interesse da transparência, a companhia deveria comunicar a lista completa das aplicações censuradas e os critérios de seleção utilizados", assinalou a RSF. A RSF acrescenta que se a Apple cedeu à pressão das autoridades chinesas, "o grupo americano se unirá assim ao clube das empresas da censura" nesse país, "uma grande decepção para uma empresa conhecida pelo seu espírito criativo, com o lema "Pensa diferente". Nos Estados Unidos, os porta-vozes da Apple se limitaram a dizer que "cumprem com as leis locais".
EFE
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