Durante anos, os usuários dos planos pós-pagos significaram para as operadoras os clientes mais interessantes, com maior potencial de gastos de minutos e serviços.
Com a portabilidade, em que o usuário pode levar seu número para o concorrente, as operadoras viram-se diante de uma guerra de preços de aparelhos e ofertas.
Focar no imenso volume de aparelhos pré-pagos --82% dos 190 milhões de celulares-- e em acesso a internet móvel para esse público é a alternativa da TIM para ganhar mercado.
Comandada pelo italiano Luca Luciani, 43, a operadora quer aproveitar a demanda e capturar o cliente de baixa renda.
Durante a convenção de vendas da operadora, em Buenos Aires, Luca Luciani falou à Folha.
*
PRÉ-PAGO
O mercado brasileiro hoje é pré-pago, justamente onde está o retorno mais alto para a operadora. O custo do pós-pago é pelo menos 30 vezes maior, principalmente porque há o subsídio sobre os aparelhos. Nesse mercado, todas as operadoras estão trocando à força os mesmos clientes de subsídio dos aparelhos.
O cliente pré-pago tem uma verba fechada, mas tem olhos acurados sobre o valor da oferta. São clientes melhores que ficam (na rede da operadora).
Não abandonamos o mercado pós-pago, mas esses clientes não têm valor exagerado a adicionar.
INTERNET MÓVEL
Cerca de 90 milhões de brasileiros não têm acesso à rede. O serviço móvel pode também ser competitivo.
A ideia é oferecer acesso a redes sociais no pré-pago. Com R$ 1,50 por dia, pode pagar o acesso e o aparelho, menos do que paga por uma hora na lan house.
DADOS
A participação dos dados vai dobrar em três anos, para 30% da receita. Os dados representarão a grande carga da rede em três anos, especialmente com tablets.
CONVERGÊNCIA
Muito se fala em convergência, mas o que há é competição entre as diferentes plataformas. Se o usuário precisa de internet, pode acessar via móvel ou fixa. Além disso, quem oferece banda larga fixa pode incluir acesso de TV.
Mas distribuir TV via cabo, satélite ou digital terrestre é muito complexo. É necessário ter boa capacidade porque a TV consome banda. A convergência não existe.
SÓCIOS
Não estamos buscando ninguém, não precisamos de nenhuma atividade de rede fixa. Exatamente pela estratégia do negócio, vamos pela telefonia móvel, que é aquela em que temos estrutura.
REDES
Temos que multiplicar a fibra e crescer em pontos de acesso. Até 2012, vamos investir R$ 8,5 bilhões em redes e sistemas de informação com diferentes tecnologias.
CARGA TRIBUTÁRIA
O Brasil tem hoje 40% de carga fiscal no serviço de telefonia móvel, o dobro da média da América Latina. É uma barreira para baixar o custo.
Na China, mercado parecido com o Brasil, há uma rentabilidade alta das operadoras, acima de 40% sobre a receita líquida. Mas a carga tributária é praticamente nada. Aqui, estamos abaixo dos 30% em rentabilidade.
Com a portabilidade, em que o usuário pode levar seu número para o concorrente, as operadoras viram-se diante de uma guerra de preços de aparelhos e ofertas.
Focar no imenso volume de aparelhos pré-pagos --82% dos 190 milhões de celulares-- e em acesso a internet móvel para esse público é a alternativa da TIM para ganhar mercado.
Comandada pelo italiano Luca Luciani, 43, a operadora quer aproveitar a demanda e capturar o cliente de baixa renda.
Durante a convenção de vendas da operadora, em Buenos Aires, Luca Luciani falou à Folha.
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PRÉ-PAGO
O mercado brasileiro hoje é pré-pago, justamente onde está o retorno mais alto para a operadora. O custo do pós-pago é pelo menos 30 vezes maior, principalmente porque há o subsídio sobre os aparelhos. Nesse mercado, todas as operadoras estão trocando à força os mesmos clientes de subsídio dos aparelhos.
O cliente pré-pago tem uma verba fechada, mas tem olhos acurados sobre o valor da oferta. São clientes melhores que ficam (na rede da operadora).
Não abandonamos o mercado pós-pago, mas esses clientes não têm valor exagerado a adicionar.
INTERNET MÓVEL
Cerca de 90 milhões de brasileiros não têm acesso à rede. O serviço móvel pode também ser competitivo.
A ideia é oferecer acesso a redes sociais no pré-pago. Com R$ 1,50 por dia, pode pagar o acesso e o aparelho, menos do que paga por uma hora na lan house.
DADOS
A participação dos dados vai dobrar em três anos, para 30% da receita. Os dados representarão a grande carga da rede em três anos, especialmente com tablets.
CONVERGÊNCIA
Muito se fala em convergência, mas o que há é competição entre as diferentes plataformas. Se o usuário precisa de internet, pode acessar via móvel ou fixa. Além disso, quem oferece banda larga fixa pode incluir acesso de TV.
Mas distribuir TV via cabo, satélite ou digital terrestre é muito complexo. É necessário ter boa capacidade porque a TV consome banda. A convergência não existe.
SÓCIOS
Não estamos buscando ninguém, não precisamos de nenhuma atividade de rede fixa. Exatamente pela estratégia do negócio, vamos pela telefonia móvel, que é aquela em que temos estrutura.
REDES
Temos que multiplicar a fibra e crescer em pontos de acesso. Até 2012, vamos investir R$ 8,5 bilhões em redes e sistemas de informação com diferentes tecnologias.
CARGA TRIBUTÁRIA
O Brasil tem hoje 40% de carga fiscal no serviço de telefonia móvel, o dobro da média da América Latina. É uma barreira para baixar o custo.
Na China, mercado parecido com o Brasil, há uma rentabilidade alta das operadoras, acima de 40% sobre a receita líquida. Mas a carga tributária é praticamente nada. Aqui, estamos abaixo dos 30% em rentabilidade.
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