segunda-feira, 26 de abril de 2010

iPad pode ser um companheiro útil e divertido em viagens

O iPad pode ser um companheiro útil e divertido, ainda que tenha  seus linmites

O iPad pode ser um companheiro útil e divertido, ainda que tenha seus linmites



Se você planeja viajar de férias no futuro próximo, esteja pronto para dividir o voo com pelo menos alguns donos exibidos do iPad. Você pode sucumbir ou não de inveja do aparelho, dependendo do tipo de viajante que você é.

Não tive a chance de testar o iPad em trânsito durante minhas férias, mas depois de duas semanas inteiras testando o aparelho numa viagem virtual - um passeio por vários continentes, passando por sertões, praias e cidades sem sair do sofá - aqui vai meu veredicto: se você possui de US$ 500 a US$ 700 extras para adquirir um aparelho, mais cerca de US$ 100 para alguns ótimos aplicativos, o investimento vale a pena.

Agora, o alerta. Você vai adorar o iPad quando estiver em trânsito ou no quarto de hotel. Mas você não poderá usá-lo muito quando estiver na praia, ou num passeio turístico a pé pela cidade, ou numa lanchonete de beira de estrada. Falarei mais dos pontos fracos depois.

Só para citar algumas vantagens do aparelho como companheiro de viagem: ele inclui biblioteca portátil (e gratuita), processador de texto, navegador de internet, tradutor, guia de parques, previsão do tempo e funciona como um agente de viagens, sem mencionar o fato de ser uma distração ótima durante um voo longo.

E sim, você pode dizer o mesmo do humilde laptop que já possui, mas esse laptop muito provavelmente pesa mais do que os 680 gramas do iPad. A agência americana para a segurança no transporte também fez várias concessões ao iPad: diferente dos laptops, eles não precisam necessariamente ser retirados da bagagem de mão e colocados em bandejas separadas quando passamos pela segurança.

Como a maioria das pessoas já sabe, a versão atual do iPad se conecta à web apenas através de internet sem fio, ou conexão Wi-Fi. Até o final de abril, uma nova versão 3G estará disponível por cerca de US$ 629 a US$ 829, permitindo também que os usuários se conectem através do serviço sem fio da AT&T nos EUA e no exterior.

Viajantes sérios, cujos passeios não giram em torno de hotéis com Wi-Fi gratuito, provavelmente vão esperar pela nova versão, porque não é possível usar no carro os aplicativos do iPad específicos de uma localidade sem uma conexão de celular.

Outras considerações incluem o fato de que o aparelho não tem câmera, por isso, embora os viajantes possam usá-lo para fazer ligações baratas pelo Skype e outros serviços, chats com vídeo não são possíveis.

E os viajantes de negócios não devem abrir mão de seus laptops por enquanto. A Apple vende aplicativos do iPad por US$ 10, como processador de texto (Notes), planilhas (Numbers) e apresentações (Keynote), entre outros, mas alguns usuários têm reclamado que esses aplicativos ainda não estão no nível do software Office da Microsoft. Digitar na tela sensível do iPad também dá trabalho.

Mas para aqueles que querem passar suas férias consumindo (ao invés de criando) informação, o iPad pode ser ideal, especialmente com diversos aplicativos que tornarão o aparelho consideravelmente mais útil enquanto você estiver em trânsito.

Os cerca de 185 mil aplicativos do iPhone funcionam no iPad, mas, quando ampliamos sua imagem para preencher a tela do iPad, a resolução não tem a mesma qualidade. Também há um universo muito menor de 3,5 mil aplicativos específicos para iPad, geralmente com a designação Pro ou HD. Embora esses aplicativos sejam tipicamente mais caros do que os do iPhone, eles geralmente valem a pena.

E alguns são gratuitos. Considere, por exemplo, o aplicativo do Kayak, que na versão para iPad oferece um design de página menos desordenado do que a versão na web e botões do tamanho do dedo que tiram proveito da tela sensível. Para planejar uma viagem sem muitos cliques, o aplicativo é uma grande vantagem.

O FlightTrack Pro (US$ 10) mostra a localização de um avião quase em tempo real e nos alerta com mensagens pop-up quando o voo está atrasado ou é cancelado. Se você está rastreando o voo de alguém, é possível assistir ao trajeto do avião sobreposto a um mapa do tempo, para que você possa ver os desvios que o avião faz para evitar regiões instáveis.

Dando um zoom, a tela revela o que os passageiros podem estar vendo da janela do avião. Os usuários também podem dar um zoom no terminal de desembarque para planejar como vão buscar o viajante.

Mas é enquanto aguardamos no portão de embarque ou desembarque, ou quando estamos esperando em qualquer outro lugar, que podemos usar o iPad para o que ele realmente é bom - jogos e filmes. Experimente um jogo como Flight Control HD (US$ 5), uma competição de controle de tráfego aéreo; AirCoaster Pro (US$ 2), um impressionante simulador de montanha russa 3D; Scrabble (US$ 10); ou futebol (Real Soccer 2010 HD, por US$ 7). A tela reage às inclinações e giros, e permite a ação com múltiplos jogadores de uma maneira diferente de qualquer outro aparelho no mercado.

Filmes têm uma ótima imagem no iPad ¿ supondo que você tenha limpado as marcas dos dedos - e o suprimento de vídeos é infinito se você tiver uma conexão de internet e um aplicativo como Joost (que busca vídeos), ou uma assinatura do Netflix e seu aplicativo gratuito. Você também pode baixar filmes, claro, pelo iTunes. (A bateria dura 10 horas contínuas.)

Como tocador de música, o iPad (e sua tela) acrescenta uma dimensão à experiência que seu pequeno iPod não consegue reproduzir. Sintonize uma estação de rádio personalizada e leia sobre os músicos (com o aplicativo Pandora gratuito), por exemplo, ou crie uma música com o Magic Piano (US$ 1).

E sim, ele também é um ótimo leitor de e-books. Existem vários aplicativos (quase todos gratuitos), incluindo o iBooks da Apple e o Kindle da Amazon. Ambos vendem best sellers por cerca de US$ 10, mas também fornecem acesso gratuito a milhares de clássicos como Huckleberry Finn, Anna Karenina e a obra completa de Shakespeare.

A lista de possibilidades continua, mas basta dizer que o iPad é muito provavelmente a melhor distração tecnológica para o tédio da viagem, e permite que você deixe livros e DVD em casa. E depois de chegar ao seu destino, a experiência com o iPad fica mais diversificada.

A menos que você espere pela versão 3G, você vai precisar de aplicativos de busca de locais com Wi-Fi, como Open WiFiSpots HD (US$4) ou Wi-Fi Finder (gratuito), para planejar onde irá se conectar. É relativamente fácil.

E embora seja interessante carregar guias de cidades (como Lonely Planet ou Frommer's) num iPad ou telefone celular para economizar espaço, nenhum desses aparelhos permite que você faça anotações.

Para restaurantes, Zagat to Go (US$ 10, para iPad) cobre 34 destinos, em sua maioria nos EUA, com uma engenhosa função de busca específica por localidade e a capacidade de reservar mesas. Mas nessa categoria, os aplicativos até agora têm uma variedade limitada. Para dicas sobre onde comer em cidades como Berlim, Buenos Aires ou Pequim, você vai precisar consultar a web.

Muitos aplicativos, na verdade, não são muito melhores do que seus websites correspondentes, e, quando não estamos procurando onde comer, os aplicativos são ainda menos abrangentes do que o conteúdo encontrado online.

Mas o iPad é um navegador da web perfeitamente adequado, por isso, se conseguir uma conexão de internet, você sempre pode colocar as anotações do itinerário no aparelho e usá-lo como seu guia.

A menos, é claro, que seu itinerário inclua a praia, onde a luz forte impede que você enxergue a tela e onde preocupações com ladrões, proteção solar e areia provavelmente vão pesar mais do que quaisquer benefícios que o iPad possa trazer. Por isso, se você estiver a caminho da areia e do surfe, arranje outra coisa para poder se mostrar.

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