terça-feira, 18 de maio de 2010

Conheça quatro tecnologias para a casa do futuro

Spaces: não gostou da cor das paredes? Basta deixá-las  transparentes Foto: Divulgação

Spaces: se você não gosta da cor das paredes, poderá deixá-las transparentes


Quais as tecnologias que utilizaremos no século XXII? Será que conseguiremos nos teletransportar? Como serão as casas daqui a 15, 30 ou 50 anos? Os questionamentos sobre o futuro da humanidade não são poucos.

Esse cenário futurista é incerto, seja ele construído com carros voadores, robôs andando pelas ruas ou eletrodomésticos que limpam e cozinham sozinhos. O fato é que ele mexe com nossa imaginação e criatividade.

Suposições à parte, aos poucos as equipes de desenvolvimento das grandes empresas de tecnologia e os cientistas começam a esboçar aspectos desse mundo abstrato. A parceria entre a Intel Labs Seattle e a Universidade de Washington tem demonstrado ou, ao menos criado, certa expectativa de quais tecnologias possuem grande potencial de revolucionar nossas residências.

Conheça neste artigo as potenciais maneiras de interação do ser humano com as tecnologias - desenhadas pelos estudantes da universidade americana - que pretendem facilitar o cotidiano e melhorar nossa qualidade de vida. Abra sua mente e embarque com a Equipe Baixaki nessa visão do futuro!

Superfícies com memória?
Para as pessoas menos organizadas a ideia do MPrint deve agradar, e muito. A tecnologia deve funcionar como uma memória para a mesa de jantar, o balcão da cozinha ou o escaninho da sala.

Segundo os desenvolvedores, ela captaria resíduos deixados pelos objetos ao entrarem em contato com a superfície dos móveis, armazenaria os dados referentes a tal substância (como se fosse um banco de dados) e poderia indicar a localização exata dos utensílios cadastrados.

Bacana a ideia, mas ela não termina aí. O MPrint teria a capacidade de fotografar o layout dos objetos dispostos nas superfícies adaptadas, sendo disponibilizada a imagem ao comando do usuário. Não conseguiu encontrar nenhuma utilidade para a ferramenta?

Pense que sua família seja grande, e durante as festividades anuais é sempre aquela bagunça para organizar a mesa de jantar. Até que um belo dia a disposição das louças ficou perfeita: é aí que entra o MPrint, registrando a formação do banquete.

Cozinha inteligente
O Foodie vai ser um parceiro de mão cheia para os cozinheiros menos experientes. De acordo com os designers responsáveis pelo projeto, a tecnologia foi idealizada a partir da observação de que muitas pessoas levavam notebooks para a cozinha com o intuito de ajudar com receitas e informações.

Na cozinha, o Foodie é um sistema de informação integrado com  aparelhos e móveis. Dicas de ingredientes, modo de preparo e tempo de  cozimento são exibidos ao usuário  Foto: Divulgação
Na cozinha, o Foodie é um sistema de informação integrado com aparelhos e móveis. Dicas de ingredientes, modo de preparo e tempo de cozimento são exibidos ao usuário

Contextualizado o problema, a equipe pensou em uma forma de facilitar essa interação dos chefes de cozinha com a internet. O Foodie é um sistema de informação integrado com aparelhos e móveis, possibilitando que instruções de ingredientes, modo de preparo e tempo de cozimento sejam exibidos ao usuário. Muito mais prático, não acha?

Desenhando na parede
Ah, os filhos! Quanta preocupação e dor de cabeça não causam aos pais. E quando eles têm a brilhante ideia de transformar a parede da sala em uma bela moldura para pintar e bordar com canetinhas e giz de cera? Haja pano e braço para limpar a bagunça. Entretanto, a repressão às habilidades artísticas da criançada está com os dias contados.

Spaces permitirá, também, que se desenhe ou escreva na parede com  os dedos, e o sistema interpretará os rabiscos  Foto: Divulgação
Spaces permitirá, também, que se desenhe ou escreva na parede com os dedos, e o sistema interpretará os rabiscos

Com o Spaces vai ser possível desenhar nas paredes com os dedos por meio de um sistema que interpretaria os rabiscos aplicados. A interação desta tecnologia vai além, proporcionaria também a apresentação de slides, exibição de dados sobre o clima, disponibilizaria um relógio e leitura de emails, por exemplo.

Para mudar a cor do seu quarto não será mais necessário arrastar todos os móveis e fazer lambança com tinta, basta mudar a skin das paredes - muito parecido com os desktops dos computadores. Não quer saber de parede na sua frente? É só deixá-la transparente. As possibilidades com o Spaces são inúmeras.

Avatar ao vivo
Solteirões e solteironas de plantão, atenção! Quem mora sozinho e se sente solitário terá a amigável e divertida companhia do seu avatar. Mais do que apenas um boneco com inteligência artificial que interage com o usuário, o Wall(ace) é uma forma de integração com redes sociais - as listas de contatos e meios de comunicação mais difundidos nos últimos anos na internet.

Quer chamar os amigos para jogar um videogame? É só ativar o seu avatar e entrar em contato em tempo real com seus contatos. Aparentemente, a tecnologia não teria tanto sucesso. Mas se pararmos para avaliar toda a capacidade do Wall(ace) referente à praticidade e à comodidade ao conversar, esta novidade pode revolucionar os meios de comunicação no futuro.

A informação dominando os ambientes
O Real Ideal, talvez, seja a tecnologia com maior potencial e utilidade econômica dentre os protótipos apresentados neste artigo. Ele deve trabalhar como um consultor da vida dos usuários, é assim que os criadores da novidade a definem. Como uma tecnologia que pode auxiliar as pessoas a economizar dinheiro e, ao mesmo tempo, amenizar as agressões ao meio ambiente?

O funcionamento do Real Ideal, em teoria, é simples: o consumo de recursos essenciais para a sobrevivência do homem no mundo moderno, como a energia elétrica e a água, é monitorado e as estatísticas levantadas são exibidas nas paredes como uma forma de alertar o morador. Ou seja, esta tecnologia conduzirá a gestão de metas e atividades estabelecidas.

O que esperar da casa do futuro?
É evidente que todas as tecnologias apresentadas ainda estão em desenvolvimento, conhecida na área acadêmica como fase embrionária. Embora uma delas já tenha exemplos de utilização, essas inovações não passam de um esboço da ideia que os designers têm para seus respectivos projetos.

Apesar disso, já é possível termos uma noção do que está sendo criado para entrar em nossos lares no futuro. Em suma, o foco é transformar as atividades diárias mais simples, amenizar danos ao meio ambiente e usar a informação, por meio da internet, para cultura e comunicação. A qualidade de vida deve ser a maior preocupação dos pesquisadores, cientistas e designers.

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