A Opera Software viu o número diário de downloads de seus navegadores até triplicar nos países europeus, depois que a Microsoft começou a oferecer aos consumidores maior acesso a browser rivais do Internet Explorer.
"Vemos alta significativa em nossa base de usuários... em termos gerais, temos de nos declarar satisfeitos", disse Jon von Tetzchner, co-fundador da Opera, durante o Reuters Global Technology Summit, em Paris, nesta quinta-feira.
O Opera é o quarto browser mais utilizado da Europa, depois do Internet Explorer, do Mozilla Firefox e do Google Chrome. Em dezembro de 2009, as autoridades regulatórias da União Europeia aceitaram o compromisso da Microsoft quanto a oferecer aos consumidores acesso melhor aos navegadores concorrentes, pondo fim a uma longa disputa antitruste.
Desde o começo de março, a Microsoft vem oferecendo aos europeus a opção de selecionar entre 12 navegadores nos mais de 100 milhões de computadores pessoais novos e antigos que usam Windows.
A Opera, cujo navegador para aparelhos sem fio é o mais usado mundialmente, lançou um browser para iPhone no mês passado, a primeira produtora desse tipo de software a ganhar acesso ao iPhone, e disse que provavelmente também criaria uma versão especial do programa para o Apple iPad.
"É natural para nós estarmos lá", disse Tetzchner. A Nokia, que até o momento vinha usando o Opera em seus celulares de preço médio, adquiriu a Novarra, uma concorrente da empresa, no começo do ano, o que despertou o temor de que a gigante finlandesa dos celulares deixe de usar o Opera em seus aparelhos.
Tetzchner disse que os dois produtos são diferentes o que permite que a Opera possa continuar trabalhando com a Nokia. A Opera realizou duas aquisições menores recentes, mas Tetzchner declarou que a companhia tem por foco o crescimento orgânico e não planeja uma "onda de gastos".
"Não sei quantas companhias compraremos, se é que compraremos alguma", disse o executivo.
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